Enquanto alguns poucos noticiários na TV falam sobre o boicote criminoso organizado pelo Denarc -departamento que cuida das drogas na polícia civil de SP- jogando bombas contra os dependentes químicos da cracolândia, população que o Programa Braços Abertos da prefeitura tenta tirar da indignidade, lembro de um filme.
"O que vale é ter liberdade
para consumir, essa é a verdadeira funcionalidade da democracia", diz o
ator Lázaro Ramos, no papel de um marginal que sai da cadeia e organiza o
sequestro de um corrupto capitalista predador que organiza ONGs apenas para
captar dinheiro dos grandes e médios investidores e fazer um belo caixa-2.
É claro que o pensamento do
personagem de Ramos, que coincide com muitos discursos ultra-esquerdistas, é
mais do que um exagero, e passa para a categoria das inverdades. O consumismo
hoje –vejam se não uma das faces dos rolezinhos- é a funcionalidade do
capitalismo. Mas sempre foi. Quando o sistema medieval de acumular riquezas em
poucas mãos na base da agricultura e a guerra mudou 180º e aparece a burguesia
mercantil e proto-industrial, a guerra e a política passam para um estágio superior:
servir à acumulação do capital. E logo virá a segunda fase, a fase superior que
é o colonialismo e o imperialismo.
É por essas e outras que os pequenos
traficantes de maconha, de chinelo e a pé, ou mesmo alguns barões da favela -de
corrente de ouro, arma na cintura e carro novo, que tanto usam como abusam da
violência- sabem que estão com seus dias de vida economicamente contados. O
grande capital internacional sabe –soube até antes que os barõezinhos do
cannabis nas favelas- que a venda legal da maconha pode oferecer lucros
bilionários, e aplica num alto investimento de propaganda a favor da
“descriminalização” da famosa erva. O tema deve entrar na pauta eleitoral de
2014, pela mão de uma esquerda liberal que acha que droga e uso de droga é uma
escolha pessoal e não um drama de milhares de famílias que já virou pauta de
saúde pública, além de tema da educação e da segurança; mas sobretudo o tema
interessa aos senhores de gravatinhas cor de rosa, CNPJ e prédios com grandes
vidros espelhados, pelo potencial econômico com que acena a comercialização
legal da maconha no Brasil.
Para entender melhor o processo, e
tomar posição em relação à questão da droga, vamos nos remontar aos anos 80 do
já longínquo século XX, quando o ator-presidente republicano e ultraconservador
Ronald Reagan, em meio ao recrudescimento da guerra fria contra a URSS, decide
apostar tudo no combate às drogas. As guerrilhas latino-americanas tinham
começado a cobrar um imposto-pedágio aos narcotraficantes, e estes foram
procurar apoio e proteção nas milícias da direita policial e militar que
rapidamente se organizaram e receberam cooperação militar e financiamento
maciço dos governos alinhados com o Reagan.
Essa guerra fracassou e os
democratas de Clinton e Obama sentiram o cheiro da derrota antes que os
republicanos que, igual que os nossos conservadores ultrarreacionários
tropicais –malufistas, bolsonaros, clubes militares e das PMs, etc.- só pensam
a política na ponta do fuzil.
O mega-capitalista Soros apoiou financeiramente
a campanha de Obama, que pretende –correta e felizmente pra nós, que somos os
do quintal dos EUA- desmilitarizar a política norte-americana. Humanismo? Não!,
simples pragmatismo: a guerra em 28 fronts sai caríssima para os EUA. É já é hora
de desmontar o aparato bélico herdado de Reagan e da guerra fria, e criar novas
saídas.
FHC, que de ideólogo da esquerda
quase nacionalista dos anos 60 e 70 passou para guru do liberalismo
privatizador, entendeu o piscar dos olhos do grande capital y seus governos.
Estado mínimo, só para facilitar negócios, dinheiro público em harmonia com o
capital que sempre mandou nestes hemisférios. O Instituto Millenium e outros
intelectuais que também passaram da esquerda para o liberalismo –como o escritor
Mario Vargas Llosa- também entenderam os novos ventos que sopram do centro do
mundo para as periferias. E todos –direita antediluviana e liberais tipo Obama,
FHC e Vargas Llosa- lutam contra o inimigo de sempre, o que eles chamam de
populismo, e que nós sabemos que é apenas a nova onda de governos populares e
democráticos com políticas baseadas na erradicação da miséria e do abismo
social.
O bilionário George Soros, maior
investidor da “Open Society”, um holding de ONGs em geral -muito bem retratada
no filme brasileiro “Quanto vale ou é por quilo? do diretor Sérgio Bianchi
(2005), dedica hoje à campanha pela legalização da maconha pelo menos 10% dos quase
35 milhões de dólares que investe na América Latina. Soros foi o grande
patrocinador da campanha “Regulación Responsable” que viabilizou a aprovação da
venda legal do cannabis no Uruguai presidido pelo José Mujica. O mercado
uruguaio para o consumo da droga é calculado em 75 milhões de dólares.
A ação de Soros é denunciada pela
pesquisadora Itaia Muxaic de Ricart, de San Juan de Porto Rico, que revela que
o Mujica teve um encontro com George Soros na ONU, em Nova York, em setembro de
2013. Mujica teria pedido dinheiro para a campanha de "regulação
responsável" na televisão do Uruguai. Agora, os investidores uruguaios
buscam parceiros para injetar dinheiro no Brasil, em um projeto para exportação
de maconha, assim que ela também for descriminalizada por aqui.
Vale sempre lembrar que George
Soros é um grande investidor da Monsato –a gigante do agronegócio dos EUA que
está barbarizando na Argentina e no Brasil- especializada em sementes
geneticamente alteradas que pesquisa também o produto do futuro: a maconha. A HortaPharm, da Holanda, também faz
experiências com sementes de maconha desde 1990. Em 1998, os holandeses assinaram
uma parceria com a GW Pharma, da Grã-Bretanha, e em 2003 os britânicos firmaram
parceria com a Bayer da Alemanha que, finalmente em 2007, se associou à
norte-americana Monsato nas pesquisas.
A principal tática comercial já
está traçada. As primeiras lojas autorizadas a vender a maconha para “uso
medicinal” no estado do Colorado, nos EUA são umas 37 em todo o estado licenciadas
e vendem para pessoas com mais de 21 anos, para qualquer finalidade. As autoridades
do Colorado esperam um giro de 580 milhões de dólares por ano, incluindo 67
milhões em taxas e impostos para o estado.
A maconha que vai ser consumida
nos EUA deve ser também importada do Uruguai, e no futuro do Brasil, onde as
pesquisas indicam existir as melhores áreas para plantio. A maconha deve se
transformar em mais um grande produto das exportações brasileiras, melhorando o
desempenho da balança comercial. Já não se trata de papo furado de economista doidão,
e passa a ser uma séria alternativa de negócios.
A maconha continua ilegal pela lei
federal dos EUA. Porém, o governo de Obama tem sinalizado que vai dar aos
estados a liberdade para gerir seus próprios estatutos sobre a
descriminalização, desde o uso medicinal até o “recreativo”.
E aqui na Patropi, o privatizador FHC,
apoiado pelo mega-capitalista selvagem Soros, quebra o tabu do THC:
No Brasil, a campanha pela maconha
tem como líder máximo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que estrelou o
documentário “Quebrando o Tabu” da Spray Filmes com a direção de Fernando Grostein Andrade.
Em 2010, o investidor
multimilionário Soros, que doou US$ 1 milhão para a campanha do referendum de legalizaçao
da maconha na Califórnia, e financia o International Crisis Group e a Revenue
Watch, que põem dinheiro nas campanhas eleitorais em vários países do mundo, também
entrou no Brasil apoiando o FHC.
O investidor anunciou em artigo publicado
no Wall Street Journal, que embora a proposta que estabelece um imposto à
comercialização da maconha não seja perfeita, sua aprovação "seria um
grande avanço e suas deficiências poderiam ser corrigidas com base na
experiência".
"Regular e taxar a maconha
poderia, simultaneamente, poupar a quem paga impostos bilhões de dólares em
forças de segurança e prisões caras, enquanto poderia prover muitos bilhões de
dólares em ganhos anualmente", frisou Soros em sua coluna.
Pouco depois o jornal Sacramento Bee, da Califórnia, noticiou que Soros fez um aporte
de um milhão de dólares nas contas da chamada Proposta 19.
Segundo o investidor, um imposto
sobre o consumo de cannabis "reduziria a delinquência, a violência e a
corrupção associadas aos mercados das drogas, bem como as violações das
liberdades civis e dos direitos humanos, que ocorrem quando um grande número de
chamados cidadãos respeitosos da lei estão sujeitos à prisão. Em troca, a
polícia poderia se concentrar nos crimes graves", afirmou.
Ao mesmo tempo, uma comissão
internacional de alto nível afirmou que a guerra às drogas global fracassou, e
exortou os países a estudarem medidas como a legalização da maconha que “podem
ajudar a enfraquecer o poder do crime organizado”.
A Comissão Global sobre Política
de Drogas exortou os líderes internacionais a adotar uma nova proposta para as
drogas, substituindo a criminalização rígida das drogas e a prisão dos
usuários, e ao mesmo tempo combatendo os cartéis criminosos que controlam o
tráfico.
"A guerra global contra as
drogas fracassou, com consequências devastadoras para indivíduos e sociedades
pelo mundo afora", disse o relatório divulgado pela comissão.
O grupo inclui o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, o grego George Papandreou, o ex-secretário-geral da ONU Kofi
Annan, o empresário britânico Richard Branson e o ex-secretário de Estado
norte-americano George Schultz.
Entre as recomendações da comissão,
que disse ser necessárias com urgência nas políticas nacionais e globais de
controle de drogas estão:
– Substituir a criminalização e
punição de usuários de drogas, mas que não prejudicam outras pessoas por uma
oferta de serviços de saúde e tratamento aos necessitados.
– Incentivar os governos a legalizar
a maconha e possivelmente outras drogas ilícitas, "para enfraquecer o
poder do crime organizado e proteger a saúde e segurança de seus
cidadãos". A comissão disse que a descriminalização não resulta em aumento
importante no consumo de drogas.
– Os países que continuam a
investir em uma abordagem policial devem focar o crime organizado violento e os
traficantes de drogas.
Outros membros da comissão são o ex-presidente
mexicano Ernesto Zedillo, a ex-presidente suíço Ruth Dreifuss, o ex-presidente
colombiano Cesar Gaviria, e o ex-presidente do Federal Reserve dos EUA Paul
Volcker.
"Gastos imensos com medidas
de criminalização e repressão dirigidas contra produtores, traficantes e
consumidores de drogas ilegais claramente fracassaram em reduzir efetivamente a
oferta ou o consumo", afirma o relatório.
"Vitórias aparentes na
eliminação de uma fonte ou organização do tráfico são invalidadas quase
imediatamente pelo surgimento de outras fontes e traficantes. Os esforços de
repressão voltados contra os consumidores dificultam a tomada de medidas de saúde
pública para reduzir o HIV/Aids, as mortes por overdose e outras consequências
nocivas do consumo de drogas", afirma o relatório.
O relatório da comissão diz que o
dinheiro gasto por governos em esforços para reduzir a oferta de drogas e
encarcerar por delitos relacionados às drogas poderia ser gasto com maneiras
diferentes de reduzir a demanda de drogas e os malefícios causados pelo abuso
delas.
Mas, no final das contas...a
maconha faz mal? É um remédio? Os defensores da liberação da maconha estão
interessados profundamente no aspecto farmacológico da droga, ou só querem
usá-la para recreação? Tema para o próximo comentário.
J.V. São Paulo, 23 de janeiro de 2014.
O Governador do Estado Vermont (EUA) tem alertado na TV (Cspan) que no Estado de Vermont existe uma epedemia de dependencia ao narcotico HEROINA. Nos EUA sempre ha quem procura o proximo "high" (estimulante) - e sempre ha quemconverte este "fome" em negocio. Seja que como for: Todo o que fazem os "Americans" tem um segundo objective segredo. GEORGE SOROS parece que tambem esta interesado para mais prostitucao, tambem no Brasil: 2010 a "agente" geopolitica da "falsa esquerda" de Alemanha - que esta subvertendo em Rio de Janeiro para a legalizacao de burdeles, FRIEDERICKE STRACK , esteve convidada a uma conferencia pro-prostitucao da ONG de George Soros. FRIEDERICKE STRACK e a agente geopolitica da "esquerda falsa" de Alemanha (no Brasil como "Fundacao Rosa Luxemburg" Sao Paulo) esta ligado desde 2011 a preparacao dos "protestos" que comecaram em Junho 2013. Os "protestos" foram preparados desde 2011 por brasileiros ligados a ONGs de EUA e ONGs "esquerda falsa" da Alemanha, e os "Verdes" de Alemanha-Austria. A agente geopolitica da "falsa esquerda" da Alemanha, que organiza em Rio de Janeiro a ligacao entre "Resistencia" e a Fundacao Rosa Luxemburg em Berlim/Alemanha (A ONG "academica" da "falsa esquerda" alema) - e LUCIE MATTING. (Voce pode descobrir todos os nomes no documento "Im Schatten der Spiele LN Dossier 9") - o plano para os "protestos contra a Copa"....
ResponderExcluirCorrecao: FRIEDERICKE STRACKER (nao "Strack")
ResponderExcluirObrigado pela informação, Valéria. Abçs.
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