terça-feira, 27 de junho de 2017

O povo tem o governo que merece?

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"Somos ricos, somos cultos. Fuera los imbéciles corruptos". Este era el grito de guerra de un grupo de médicos que protestaba el martes 30/07/2013 en frente al Ministerio de la Salud, en Brasília, segun contaba el diario "O Globo".

Poco cambió, no solo entre la "clase" médica - específicamente aquel sector que prefiere concentrar su "acción humanista" entre los 5 o 6 grandes hospitales de la Avenida Paulista, o apenas entre los otros 10 o 15, ya no tan de primera línea, en las siete principales capitales del país. Casi nada cambió, al contrario, empeoró desde 2013, auge de las manifestaciones populares que fueron rápidamente copadas por los sectores más activos de las clases medias, arrastrando de inmediato a los emergentes, salidos de las clases C y D, y que sacaron la base de sustentación de Dilma y del petismo.

Empeoró porque, a los apelos golpistas de Aécio Neves y Aloysio Nunes, perdedores del pleito de octubre de 2014, siguieron las arremetidas furiosas de Cunha y su tropa parlamentar de derecha - que arrastró al centro ("Centrão" de partidos nanicos y de alquiler) y al conjunto del PMDB hacia el golpe de abril de 2016.

Ahora, a la ceguera de la clase media emergente y sus lideres, la "intelectualidad" de la pequeña burguesía, se la corona con una frutilla en la torta de la ingenuidad: las intenciones de voto del fascista Bolsonaro, 2º colocado después de Lula en los pronósticos para 2018.

Para el diputado Miro Teixeira, del partido Rede de Rio de Janeiro, los diputados de la base gobernista (el mismo "Centrão" de partidos nanicos y de alquiler, y un importante sector del PMDB), con el apoyo del PSDB, van a salvar a Temer de ser retirado del cargo y procesado por el Supremo Tribunal Federal porque gran parte de ellos también están enroscados en la Operación Lava Jato.

Teixeira votó a favor del impeachment de Dilma y dice que va a votar contra Temer. Sin diferenciar una situación de la outra, reconoce que, como ahora las calles están vacías (aunque se olvide que hay millares de pequeños y grandes conflictos sindicales y sociales a lo largo y ancho del país), la oposición no va a conseguir los 342 votos que se necesitan para sacar del poder a Temer.

El diputado Bonifácio de Andrada, del PSDB, por su parte, dice que Temer se va a safar con más de 200 votos. Para él, la Cámara va a apañar la corrupção porque es “la representación del pueblo”, y si “los diputados no son santos (…), el pueblo tampoco es santo”. 

Falta en los cálculos de estos señores la creciente disposición popular a luchar, por ahora en miles de conflictos sindicales y sociales dispersos, dentro de poco en las calles. Y falta, claro, una alternativa de izquierda más fuerte que el aglutinado de PT, Psol, centrales sindicales y movimientos sociales.
JV.

O povo tem o governo que merece?

Um velho ditado liberal diz que cada povo tem o governo que merece. Como passei longe dessas doutrinas, sempre tão “modernas” desde o século XVIII e XIX, prefiro achar que cada povo tem o governo que pode, segundo cada circunstância histórica. 
Porém, há governos, como o de Temer, ou os seus antecessores de 1964 a 1985, que são apenas a imposição de grupos sociais poderosos, minoritários ou apoiados em grandes faixas das classes médias, como o que sofremos nos dias de hoje, ou uma combinação de ambos.

O PSDB – partido que mais lutou e luta para representar essas classes médias mais conservadoras e temerosas de cair nas depressões econômicas cíclicas do capitalismo paga hoje com o desprestígio eleitoral, por causa das alianças com o PMDB, do qual se fracionou em 1988. 
Na época, enroupado em vestes social-democratas, o PSDB até disputou contra o PDT de Brizola o assento brasileiro na Internacional Socialista.

Hoje, mais perto do DEM – a fração mais liberal do PDS de Maluf e filho do Arena da ditadura– que das suas origens, o PSDB é controlado por um consórcio de caciques entre os que se destacam no momento a turma do Alckmin e seu sócio traidor, o prefeito Dória, aliada ao obscurantismo do Opus Dei e outras forças medievais, e até mesmo a setores neocapitalistas, vinculados a facções criminosas como o PCC. 

O liberalismo pragmático dos velhos social-democratas franceses e alemães tomou conta do partido do FHC e ele é hoje o que mais confiança desperta nas forças reais do capitalismo nativo, a Fiesp e a FeBraBan, a CNA e os ruralistas, as empresas do agronegócio, a Globo e as classes médias urbanas que as seguem, esperançados em colher algumas migalhas do banquete dos poderosos. 

Pelo outro lado, o dos oprimidos e condenados pelas injustiças do sistema, há ainda um partido e vários movimentos sociais – estes, a meu entender, mais fortes e com mais sensibilidade que o próprio partido-, o PT e as juventudes de esquerda que, sendo o Lula condenado ou não, sendo preso com provas contundentes ou sem elas, sendo barrado das eleições de 2018 ou não, não vai morrer. Há ainda em torno desse núcleo das esquerdas, uma ampla faixa de políticos honestos –alguns poucos ainda no PMDB, no PSB e na Rede- dispostos a levantar bandeiras democráticas, de um certo nacionalismo desenvolvimentista, que também representam vastos setores, hoje calados, da classe média progressista.

Cabe remarcar, sempre, para não cair nas arapucas dos mitos liberais do individualismo (que centram a história em pessoas e suas ações individuais, e não em povos), que mesmo se o Lula vier a ser condenado sem provas, e impedido de se apresentar no pleito de 2018, o vácuo será tão grande que, junto com novas opções à esquerda, crescerão os oportunistas, "salvadores da pátria", sejam eles ao estilo Moro, Bolsonaro ou Marina da Silva. 

O que sim, é inegável, é que o caudal de votos do PSDB caiu, por ter insuflado o ódio social patrocinando movimentos de direita – MBL, Vem pra Rua e outros organizadores da manifestações que deram base ao impeachment de Dilma-, e por ter participado com Serra, Imbassahi, Araújo, Etchegoyen e Aloysio Nunes no governo Temer. E essa direita fascistoide que o PSDB chamou para o golpe agora cresceu e leva votos, impensáveis um ano atrás, para Bolsonaro e sua base neo-pentecostal.

Os povos que pariram os Lulas, tarde ou cedo vão parir outras figuras e expressões, sempre e quando a situação estiver madura para isso. E se não ou se, pior ainda, o Lula terminar condenado com provas reais e inquestionáveis, o que hoje parece muito duvidoso- nada impedirá que o enorme caudal popular do PT se transforme em algo melhor, ainda mais popular, revolucionário e ético. 

A Velha Toupeira não se deprime, não chora, não vai embora do país.

Em tempos de intolerância, de retrocesso e conservadorismo como o que vivemos, o mínimo avanço na igualdade de direitos tem que ser festejada como um modo de impedir o crescimento dos Feliciano, Bolsonaro, Cunha, Malafaia e demais profetas do atraso. 
O PSDB abriu as portas para esses emissários do demônio. As esquerdas vão ter que fechá-las.

Javier Villanueva. São Paulo. Junho de 2017.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

A língua e as mudanças segundo as épocas

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A língua e as mudanças segundo as épocas e as influências da Globo nas modas e modismos da nossa classe média.

Antigamente quem chegava a atingir a dor e a delícia de pertencer à classe média, chamava-se a si mesmo de “remediado”. Não era nem rico nem pobre, apenas alguém que tinha conseguido por um certo remédio nas amarguras da vida. Hoje as doutrinas liberais, último grito da moda do século XIX, agregam um novo conceito ao antigo remediado; acontece que o filho do velho batalhador hoje se vê como um “meritocrático”, isto é, alguém que alcançou o seu “nível” e aquinhoou seu patrimônio só e apenas por mérito próprio.

Quem estava bem empregado, uns dez ou quinze anos atrás, dizia trabalhar “numa firma”; uma “firma boa”, acrescentava. Hoje seus filhos falam que trabalham “no corporativo”. Já o desempregado que optava por trabalhar por conta própria era apenas isso, um sofrido autônomo; hoje seus filhos são “empreendedores”.

Antes, quem conseguia guardar uma parte dos seus salários ou ganhos como trabalhador autônomo, dizia estar “fazendo um pé de meia”; hoje seus filhos se consideram “investidores”.

E essa mudança na língua, nos adjetivos e substantivos, apenas acompanha o crescimento de posses e o despertar para o mundo da antiga e pacata classe média, acanhada e tacanha antes, expansiva e ostentosa hoje. Chega de viajar ao Paraguai para trazer muambas! Miami é agora a Meca. Basta de guardar óleo em vidros para usar dez vezes, ou estocar arroz, feijão e óleo, como se uma guerra nuclear estivesse à volta da esquina.

Mas, como já sabemos, há dois formadores de opiniões, modas, modismos e costumes no seio do povo brasileiro. Por um lado, existem as tradições e o folclore que transmitem os modos populares de comportamento; eles costumam ser pouco variáveis de geração para geração, mesmo considerando o progresso social e econômico que o país vive desde os anos 90 em diante, sobretudo pela incorporação de novas tecnologias, que separam a velha TV – ligada na sala ou na cocinha da manhã até a noite-, dos pais e filhos afastados pelos celulares, o whatsapp, o instagram e o facebook

Por outro lado, bem no centro dessas tradições mais populares, existe o que parece ser o principal fator de mudanças e modismos entre aqueles que surfam na onda da mobilidade social. Trata-se da TV, e em particular da Globo, que lança modas, impõe palavras, frases e tiques, rapidamente adotados pela nossa sempre volúvel classe média.
E nessa escalada social que se acelera desde o fim dos anos 90 e se volta vertiginosa entre 2010 e 2015, até palavras ocas surgiram – vejam o caso de “atitude”, por exemplo- que nada significam fora do contexto das populares novelas globais.

Mas assim como a classe média evoluiu nesses 15 anos, incorporando – por baixo, é claro- as camadas pobres mais favorecidas pelas políticas de expansão do crédito e da integração no ensino superior e o consumo, a Globo também se diversificou.  Para os antigos “remediados” – os atuais  meritocráticos, investidores, empreendedores ou executivos “no corporativo” – a Globo criou um canal que é uma espécie de “banco exclusivo”, algo assim como o BB Estilo, ou o Personalité do Itaú, ou o Bradesco Prime, onde o emergente fica de fora, enquanto o velho classe média se diferencia e usa seus novos vocabulários e léxicos específicos. 
A Globo News é esse banco exclusivo, onde a propaganda das Casas Bahia cede lugar ao investidor – conservador ou arrojado–, aos carros de luxo e às reportagens sobre vinhos e azeites, viagens internacionais e entram até literatura e a história.

Pois é, igualzinho ao que acontece no governo com a luta entre  aliados – os feios e cafonas por um lado (novos ricos neo-pentecostais donos de igrejas, atores de fama instantânea e pequenos coronéis de paróquia), representados pelo PMDB com figuras vergonhosas como o Temer ou Cunha–, e por outro lado os “doutores” do PSDB e o Dem. 

A linguagem muda conforme os tempos e segundo os usos sociais de cada classe. Os recém chegados à classe média, ainda guardando óleo usado e assistindo a Globo– canal aberto o dia todo, arrastam falas e costumes da sua origem ainda popular; os novos pequeno-burgueses, donos de pequenas e médias fábricas e comércios, mais livres da agonia dos salários, mas não por isso alheios às angústias que o “deus mercado” lhes impõe, buscam um novo palavreado, mais adequado à nova situação de aliados próximos dos verdadeiros donos do poder.

E enquanto isso...o que foi das velhas samambaias em todo sobrado e apartamento?


JV. Junho de 2017.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

El hundimiento del Maine y la Guerra de Cuba o Hispano-norteamericana.


Telegrama enviado al Capitán James Forsythe, Comandante naval de la base de Key West, por Charles Sigsbee, Capitán del USS Maine notificando el hundimiento del buque.

El hundimiento del Maine y la Guerra de Cuba o Hispano-norteamericana.

El incidente conocido como “hundimiento del Maine” ocurrió en 1898, cuando Cuba era llamada “la última joya del Imperio Español”. El valor comercial y la localización estratégica de la isla de Cuba ya habían provocado varias ofertas de compra por parte de los presidentes estadounidenses John Quincy Adams, James Polk, James Buchanan y Ulysses S. Grant, que España siempre rechazó ya que era de uno de sus territorios más ricos, y el movimiento comercial de La Habana era similar al de Barcelona en la misma época.

Para cuidar los intereses de los estadounidenses en la isla, el gobierno de EEUU envió a La Habana el acorazado Maine. Era una maniobra intimidatoria para provocar a España que seguía firme en rechazar la propuesta de compra de Cuba y Puerto Rico ofrecida por los Estados Unidos.

El hundimiento del Maine

El 25 de enero de 1898, el Maine entraba en La Habana sin avisar previamente su llegada, lo que era contrario a las prácticas diplomáticas de la época e incluso a las actuales. En contrapartida, España envió al crucero Vizcaya al puerto de Nueva York.

El Maine

El 15 de febrero, a las 21 y 40 una explosión hizo volar al Maine por los aires. De los 355 tripulantes, murieron 254 hombres y dos oficiales, la gran mayoría de ellos, negros.
El resto de la oficialidad estaba en un baile ofrecido en su honor por las autoridades españolas.

Sin esperar el resultado de las investigaciones, la prensa amarilla de William Randolph Hearst – el Ciudadano Kane- publicaba al día siguiente:
El barco de guerra Maine partido por la mitad por un artefacto infernal secreto del enemigo”.

Un reporter del diario The World en La Habana, Silvestre Scovell, quiso enviar el siguiente cable:
Un individuo desde un bote arrojó una bomba sobre el acorazado Maine que produjo la explosión…”; el censor alegó que eso era falso, a lo que le contestó: “Sí, pero es sensacional”.

Como el cable fue rechazado, lo mandó oculto por barco a Cayo Hueso y de allí fue transmitido al diario neoyorquino que  publicó la información falsa junto con un gran dibujo de la explosión.

Para determinar las causas de la explosión se crearon dos comisiones de investigación, una española y la otra estadounidense, ya que los últimos se negaban a un equipo mixto. Estados Unidos sostuvo desde el inicio que la explosión había sido provocada y externa.

Sin embargo, la conclusión española decía que la explosión fue debida a causas internas del barco. Los españoles argumentaron que no podía ser una mina como sostenían los estadounidenses, pues no se vio ninguna columna de agua levantándose de abajo hacia arriba y, además, si la causa de la explosión hubiera sido tal, no deberían haber estallado los pañoles de munición. También hicieron notar que tampoco había peces muertos en el puerto, lo que sería normal en una explosión externa.

España negó que tuviera culpa por la explosión del Maine, pero la campaña de los periódicos de William Randolph Hearst, convencieron a los estadounidenses de lo contrario.

EE. UU. acusó a España del hundimiento y dio un ultimátum; le exigía la retirada de Cuba y movilizaba voluntarios aun antes de recibir respuesta. El gobierno español rechazó su supuesta culpabilidad por el hundimiento del Maine y se negó a aceptar el ultimátum estadounidense, declarándole guerra en caso de invasión a sus territórios. Cuba, sin ningún aviso por parte de los EEUU, ya estaba bloqueada por la flota estadounidense.

Sobre el hundimiento del Maine, varios estudios posteriores llegaron a la conclusión de que probablemente la explosión fuera provocada desde dentro del buque, debido a una ignición de la santabárbara, acidente común en los barcos estadounidenses de la época por causa del tipo de carbón usado, ya que hasta la época de la construcción del Maine se había informado de incendios en las carboneras de buques de la Armada antes del hundimiento relatado, muchos de los cuales estuvieron a punto de provocar explosiones.

Javier Villanueva. 15 de junio de 2017.

Ver más en:

https://revistadehistoria.es/el-hundimiento-del-maine-comienza-la-guerra-de-cuba/

domingo, 11 de junho de 2017

¿Existe una bandera del Tahuantinsuyo?



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Hermanos Andinos
Arcoiris de Igualdades 
Ayllu nuestro Whipala
Anunciando libertades
en los Andes, Jallalla.




¿Existe una bandera del Tahuantinsuyo?



El programa “Matéria de Capa”, de la TV Cultura de São Paulo, hablando sobre Cuzco y el Machu Picchu, mostraba un par de años atrás, la "bandera del Imperio Inca". Convencido de nunca haber oído hablar sobre este asunto, ni de haber visto en Cuzco o en Machu Picchu alguna referencia sobre el tema (ví, sí la bandera con los siete colores del arco íris en la alcaldía de Cuzco, pero como un símbolo moderno, que enseguida fue tomado por todos los movimientos pan-indigenistas americanos), fui a investigar y encontré las seguientes informaciones en la Academia de la Historia del Perú:

“El uso oficial de la mal llamada bandera del Tahuantinsuyo es indebido y equívoco. En el mundo pre-hispánico andino no se vivió el concepto de bandera, que no corresponde a sus contexto histórico”. La investigadora de la civilización incaica María Rostworowski, consultada sobre el símbolo multicolorido escribió lo siguiente:

Les doy mi vida, los incas no tuvieron esa bandera: esa bandera no existió, ningún cronista hace referencia a ella”.

Según describe el cronista indígena Joan de Santa Cruz Pachakuti Yanqui Salqamayhua, en épocas antiguas existían estandartes, unas especies de banderas, llamadas “qapac –unancha” en Perú, o “wiphala” en Bolivia, y ambas palabras pueden ser traducidas como bandera, probablemente un símbolo que no representaba al estado incaico y sí, y nada más, al soberano, que pintaba en estos estandarte sus armas y divisas personales, como los escudos y blasones europeos.


Según se sabe hoy, Raúl Montesinos Espejo, el dueño de la Radio Tawantinsuyo, fue quién invento - o creó tal bandera, con las siete fajas, con los colores del arco iris-, para festejar el 25º aniversario de la radio en 1973. 

Más tarde, el símbolo se extendió, hasta que en 1978, la Municipalidad del Cuzco, y el Alcalde Gilberto Muñiz Caparó, declararon la bandera como un emblema oficial de la ciudad. 

Así fue que nació la hoy llamada “bandera del Tahuantinsuyo”.

Javier Villanueva. São Paulo, 11 de junio de 2017.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Las proezas del vasco de la carretilla

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Atilio Ruben Calbucura
Secreta Buenos Aires
Las proezas del vasco de la carretilla 
Entiéndase como un elogio.

Un viejo chiste porteño sostiene que le definición de vasco es: “persona que ve en una puerta un cartelito que dice ‘tire’; entonces, empuja y entra”. Tiene que ver con la fama de tozudos que identifica a los de ese “país” integrado a España. Pero esa característica muchas veces se ha convertido en elogio por la constancia y el esfuerzo habitual en la gente de ese origen. Y quizás un buen ejemplo lo marca la historia de Guillermo Isidoro Larregui Ugarte, más conocido por el apodo que le pusieron los periodistas en la Argentina, su tierra adoptiva: “el vasco de la carretilla”.

El porqué empezó en una reunión de amigos en Cerro Bagual, provincia de Santa Cruz, donde Larregui vivía y trabajaba en los yacimientos de petróleo. En esa charla informal se hablaba de los récords deportivos y los esfuerzos. Entonces dicen que el vasco lanzó, casi en broma, su propuesta. Dijo que él podía ir a pie hasta Buenos Aires, empujando una carretilla cargada con casi 200 kilos. Fue suficiente que alguien dijera “¡a que no!” La aventura duró catorce meses. 
Empezó el 25 de marzo de 1935, cerca de Comandante Luis Piedrabuena, y terminó en la Capital Federal el 24 de mayo de 1936, cuando una multitud lo recibió y homenajeó cubriéndole con flores su carretilla. Aquellos homenajes continuaron al día siguiente, como parte de los festejos por el aniversario de la Revolución de 1810. El vasco, emocionado, fue con su carretilla hasta la Plaza de Mayo. Y junto a la Pirámide, dejó todas esas flores. Atrás habían quedado más de 3.200 kilómetros recorridos y, dicen, 31 pares de gastadas alpargatas.
Larregui había nacido en Pamplona el 27 de noviembre de 1885 y a los 15 años dejó esa ciudad que un general romano fundó en el 75 a.C., emigrando hacia la Argentina. Cuentan que primero trabajó como marinero hasta que se radicó en aquella zona de la dura Patagonia donde empezó su aventura. Y de ese recorrido a pie, después recordaría que la peor parte fue en el tramo hasta Trelew, cuando el invierno y la nieve lo golpearon, pero no lo doblegaron.
La primera carretilla del vasco quedó en el Museo de Luján porque él la donó. Después, con otra, entre 1936 y 1938, hizo un recorrido desde Coronel Pringles, en la provincia de Buenos Aires hasta Bolivia. Y también dos caminatas más. Una fue en 1940 desde Villa María, en Córdoba, hasta Santiago de Chile. La última cuentan que arrancó en 1943 en Trenque Lauquen y terminó seis años más tarde en Puerto Iguazú (Misiones), el lugar que sería su residencia definitiva. Se calculaba que, en total, ya había caminado más de 20.000 kilómetros.
Instalado en el Parque Nacional donde construyó una humilde casilla, Guillermo Isidoro Larregui Ugarte, “el vasco de la carretilla”, vivió sus últimos años en aquel paisaje cercano a las cataratas. Algunos recuerdan que dos veces por semana era habitual verlo caminando los 15 kilómetros desde su casilla hasta Puerto Iguazú, quizás para mantener esa costumbre de recorrer grandes distancias a pie que había iniciado cuando rondaba los 50 años.
Murió el 9 de junio de 1964, cuando aún no había llegado a cumplir los 79. Lo enterraron en el cementerio de esa ciudad. Para entonces ya se había convertido en un personaje de leyenda y a su alrededor se empezaron a armar los mitos. Uno dice que fue el primer guía que asistió a los argentinos y extranjeros que querían visitar esa maravilla de la naturaleza que es el Parque Nacional y las cataratas. Otro, que sabía hablar en inglés, francés, italiano y alemán. Pero esa es otra historia.
Por Eduardo Parise
Fuente: Diario Clarín 2/7/2012

domingo, 4 de junho de 2017

El Empecinado guerrillero

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El Empecinado guerrillero

Francisco de Goya y Benito Pérez Galdós retrataron, cada uno a su modo, a Juan Martín Díez, hombre de Valladolid, héroe de la Guerra de Independencia Española a inicios del pujante siglo XIX. Nació en 1775, y pasó a la historia como “el Empecinado”. Tal vez por que nació en un pueblo rodeado de lagunas de cieno y barro a las que se llamaban “pecinhas”.

Ocurre que “empecinado” se usa hoy em día – olvidándonos totalmentes de las ciénagas, lagunas barrosas y pecinhas- para calificar a aquél que se mantiene excesivamente firme en una idea, posición, intención u opinión, quizá poco acertada al ver de la mayoróa, sin llevar en cuenta ninguna otra posibilidad.

Cuentan que a Juan Martín Díez 1814 por fin le dejaron utilizar oficialmente el apodo de “Empecinado” para sí y para sus descendientes; y dicen que sobrenombre sirvió más tarde, por extensión, para referirse a todo aquel empeñado en lograr un fin sin importarle los obstáculos que vaya a enfrentar para conseguirlo.
La campaña de Pirineos, más conocida fuera de España como la Guerra del Rosellón lo encontró a los 18 años en medio de las batallas que enfrentaron al español Carlos IV en contra de la Primera República Francesa, de 1793 a 1795.
La invasión Napoleónica de 1808, sacó a Juan Martín de sus tareas del campo a las que se había retirado y lo llevó a combatir a los franceses. Según cuentan, una mujer española fue objeto de abusos por parte de un grupo de soldados invasores que se habían refugiado en el pueblo de Fuentecen. Dice la leyenda que los españoles, al mando de Juan Martín, persiguieron a caballo a los gabachos hasta darles muerte con sus trabucos.

Más tarde organizó un grupo de guerrilleros con vecinos, amigos y familiares que lucharon en varias guerrillas como bandoleros, optando primero por enfrentamientos abiertos en las batallas de Cabezón de Pisuerga y Medina de Rioseco en Valladolid, en  1808, sin buenos resultados. Luego que cambió la táctica del Empecinado y sus hombres de enfrentarse en frentes abiertos para combatir como una guerrilla, y entonces sí tuvo grandes resultados militares en los combates de Aranda de Duero, Sepúlveda o Pedraza, atacando las comunicaciones francesas y su acceso a los mantenimientos y suministros. Las noticias de su valentía y arrojo llevaron a más y más hombres a unirse a su causa.

En los cuatro largos años que duró la Guerra de Independencia Española, de 1808 a 1814 – y que tanta influencia directa tuvo como gatillo para la emancipación de las colônias americanas de España y de Portugal- miles de hombres y mujeres sembraron con sus cuerpos la tierra que querían proteger y liberar del invasor francês.

Se calcula que no menos de 500 mil murieron en la lucha cruenta y desigual, mientras que los franceses dejaron en el campo de batalla a 150 mil de sus tropas. En esos momentos difíciles se dieron casos de auténtico valor, que fueron un verdadero dolor de cabeza para los ejércitos casi invencibles de Napoleón, quién siempre subestimó la entrega y la audacia de los españoles.

La guerrillas fueron un martillar constante para los intereses franceses, pues no menos de 40 mil hombres y mujeres se lanzaron a las fuerzas irregulares para derrotar al Gabacho y quién se destacó entre todos ellos fue el Juan Martin Diez, el Empecinado.

Las guerrillas formadas por gentes de la calle eran el bastión que golpeaba mejor al invasor francês, uma vez que el ejercito regular español cosechaba derrota tras derrota, a pesar de algunos éxitos, como el de la brillante victoria en Bailen, en la que lucharía Don José de San Martín, el futuro libertador de Argentina, Chile y Perú.

Anécdotas que podrían ser leyenda si no fuera por los registros históricos, cuentan que Joseph Léopold Sigisbert Hugo, el padre del escritor francés Victor Hugo, gobernador de las provincias centrales de la España invadida, se tomó muy em serio la misión de capturar al Empecinado, y secuestró a la madre de Juan Martín y a otros familiares y vecinos. Enseguida avisó que, si el Empecinado no se entregaba de imediato, serían todos fuzilados.

La respuesta del guerrillero fue que si su madre y todos los demás no fueran liberados, de inmediato pasaría a cuchillo a cien franceses que tenía en sus manos y que a partir de entonces todo Gabacho que se pusiera en su camino sería ejecutado sin compasión. Tan seria fue la amenaza que Leopold dejó en libertad de imediato a todos sus prisioneros, a comenzar por la madre del Empecinado.

Juan Martin llegó a planear nada menos que el secuestro de José Bonaparte – Hermano de Napoleón, más conocido por el apodo de Pepe Botella  por su afición al trago-. Llegó incluso a merodear por los palacios ocupados de Madrid con sus hombres, pero los halló fuertemente custodiados y demasiado arriesgado para llevarlo a cabo.

La traición de Fernando VII, el de la máscara.

La relevancia alcanzaba por “El Empecinado” llevó a la regencia Gaditana – que mantenía la legalidade española frente al invasor francês- a otorgarle algunos cargos y ensalzar el espíritu de lucha contra Francia, y fue nombrado capitán de caballería, luego brigadier y más tarde general, una vez que la pequeña partida de hombres que empezó con la guerrilla se había convertido en un ejército con más de 6 mil combatientes.

Finalmente, la Guerra de la Independencia culmina con la batalla de los Arapiles, cuando José Bonaparte abandona la ciudad de Madrid y el Empecinado es uno de los primeros en entrar en la capital. La guerra iba llegando a su fin y parecía que todo terminaría bien para Juan Martín.

Nada mas lejos de la realidad, pues tras la derrota frances se reinstauró el absolutismo, con Fernando VII como cabeza visible. Fue cuando nuestro inocente “Empecinado” se presentó al rey,  que le daría el cargo de Mariscal, momento em que Juan Martín  aprovechó para entregarle la carta en la que le pedía respeto, fidelidad y obediencia a la Constitución de Cádiz o La Pepa, de 1812.

La respuesta del monarca fue que se negaba a reconocer la constitución y enseguida mandó al exilio a Juan Martín.
Ya en su destierro  en Valladolid, el 1º de enero de 1820 Juan Martín se une al levantamiento de Rafael de Riego en Cabezas de San Juan, enfrentando las fuerzas realistas que inauguraron el Trienio liberal en el que el propio rey Fernando VII se vio obligado a aceptar la Constitución. 
Fernando VII, que no se resignaba a su destino, pidió ayuda a los países aliados que le mandaron los 100.000 hijos de San Luis, que entraron en España en la Guerra de la lealtad.

Juan Martin, gobernador de Zamora en 1823, aunque sabía que todo estaba perdido para la causa liberal, se mantuvo firme en sus convicciones y continuó apoyandola Constitución, que el entendía como justa.

En 1825 cayó preso en Olmos, Valladolid, a cambio de que sus hombres no fueran detenidos. Bajo todo tipo de humillaciones fue recluido en una jaula y vejado publicamente en su trasladado a Nava de Roa Burgos donde queda preso durante 2 años antes de ser condenado a muerte por ahorcamiento.
En el caminho, vio a su ex esposa del brazo de un oficial absolutista, y Juan Martin pidió  a gritos que prefería ser fusilado, para morir con honor, pero le fue negada esa posibilidad.

Cuenta la leyenda que el empecinado tuvo un acceso de rabia y rompió sus cadenas. Se lanzó entonces sobre sus captores que lo abatieron a tiros y, ya muerto, lo condujeron al patíbulo para ser colgado en la horca, cumpliendo rigurosamente con la sentencia.


Javier Villanueva, São Paulo, 4 de junio de 2017

Empecinado. Adjetivo. Se dice especialmente de una persona obstinada, terca, testaruda, obcecada, porfiada, tenaz, cabezota, pertinaz y tozuda.