Marina, um fenômeno novo?
E o Jânio? E o Collor?
As eleições presidenciais que estão marcadas no Brasil para
outubro deste ano, pareciam já dadas como resolvidas com a reeleição da
presidenta Dilma.
Porém, a morte num acidente de aviação do candidato opaco e
quase sem força eleitoral própria -o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos
em 13 de agosto- tirou o candidato de centro, de um partido socialista -o PSB-
cada vez mais pró-business, do seu 3º lugar nas pesquisas (atrás
de Aécio Neves, candidato do "partido da ordem" da
vez, o cada vez mais conservador e defensor da
"austeridade", o PSDB).
Igual aos partidos trabalhistas britânico e australiano, ou
como os novos liberais europeus, e do Partido Democrata dos EUA, os interesses das
grandes empresas tomaram conta do P.S. Brasileiro que virou um
novo partido da “Terceira Via”, uma agrupação pró-negócios, que só
mantem a denominação de partido “socialista” para não perder a velha militância
herdada do lendário Miguel Arres.
Os corpos do candidato do PSB, Eduardo Campos, e
seus assessores ainda não tinham esfriado, depois do desastre aéreo que os
matou, e já o suposto "filósofo" direitista Olavo de Carvalho -que só
pode ser considerado um grande pensador por “gênios” ao estilo de Roger, o ex-cantor,
ou o Lobão- postou no Face Book a seguinte mensagem:
“O governo torna sigilosas as investigações de
acidentes aéreos e poucos dias depois já vem um acidente aéreo politicamente
relevante. Ou o Acaso está gozando da nossa cara, ou não é acaso.”
Assim, foi ficando claro, durante o dia da
desgraça - o 13 de agosto de 2014- e ao longo dos dias seguintes, a
desinformação sobre a lei que foi sancionada pela presidente Dilma, e que torna
sigilosa a investigação de acidentes aéreos no Brasil. Semelhante à desinformação
que se espalhou na época das discussões acerca do Marco Civil da Internet, há
quem prefira imaginar teorias conspiratórias que chegam a ver algum tipo de
censura ou alguma trapaça da parte do governo ao ouvir ou ler a palavra
"sigiloso" ao lado do termo "investigação".
Uma cegueira assustadora - que aos poucos vira um ódio político quase sem precedentes desde a época da "Marcha da Família com Deu
O que este sigilo que foi aprovado pela lei garante é que os investigadores do CENIPA possam levar adiante a sua investigação pesquisando o que realmente interessa, não liberando os dados sigilosos de uma gravação, por exemplo, para um delegado sem uma decisão judicial. É uma proteção para evitar que pessoas não vinculadas à aviação dirijam a investigação como se estivessem investigando um crime. Terminadas as investigações, o relatório será outra vez público, tal como acontece hoje. Um delegado de polícia não tem jurisdição sobre uma cena de acidente aéreo, a menos que existam indícios de uma ação terrorista. A investigação supõe-se que se orienta a saber com o máximo de exatidão científica o que aconteceu e propor melhoras para que nunca mais possa se repetir, e não apenas pesquisar à procura de um culpado, tal como aconteceria no caso de um acidente de carro.
Embora tudo isto possa ser claro e lógico, a
insinuação temerária do Olavo de Carvalho teve rapidamente mais de 3
mil "curtir" e quase quatro mil e quinhentos compartilhamentos até o
fim do dia 13/08/14, data do acidente. Entre os muitos outros que tiveram
a ousadia de fazer insinuações semelhantes, também se destacou a candidata a
deputada estadual pelo PSDB de São Paulo, Dany Schwery. A
candidata foi ainda mais clara e direta, e até tratou de ser mais
"engraçadinha" que o pretenso filósofo Olavo de Carvalho, e publicou
um meme em que a presidenta da nação ri do acidente aéreo que
matou o líder do PSB, Eduardo Campos, e ameaça os outros candidatos.
A deputada, pressionada por pessoas mais sensatas
do próprio PSDB, retirou o post da sua página, mas antes ameaçou os internautas
petistas e disse que só faria isso pela possibilidade desse seu post
atrapalhar o seu candidato, o Aécio Neves. A candidata Dany, com
apenas 507 eleitores em 2012, dificilmente voltará a ser eleita, mas o
PSDB paulista não desiste de promover pessoas como ela nas suas chapas regionais.
A confirmação da Marina, em meio de toda a
baixaria mencionada antes, passou finalmente pela decisão dos partidos que
compõem a coligação "Unidos pelo Brasil". Além de PSB e PPS, que logo
confirmaram apoio ao nome de Marina Silva, fazem parte da aliança o PHS, PRP,
PPL e PSL.
O acordo básico e que forma o eixo
da coalizão, entre o PSB e a Rede Sustentabilidade -o grupo político
da Marina exige que a candidata Marina cumpra com duas reivindicações do
falecido Eduardo Campos: que respeite as alianças eleitorais do PSB nos estados,
sobretudo com o PSDB em São Paulo, o que mais atormentava aparentemente a
Marina, e que incorpore o discurso desenvolvimentista, supostamente
conflitante com o -também suposto- conservacionismo e o anti-agro-business da
legenda da que agora é candidata a presidente.
Antes da morte do candidato no acidente aéreo, a
Marina não conseguia transferir-lhe seus votos, e ainda criou novas
dificuldades políticas para Eduardo Campos, levando seu nome a patinar abaixo
do 10% do eleitorado. Não fosse a sua trágica morte, ele sairia da eleição ainda
menor do que entrou nela. E grande parte da culpa leria o nome Marina Silva.
Marina foi ministra do Lula por oito anos e
deixou o governo ao notar que sua figura minguava ante o crescimento da
influência da então ministra Dilma Rousseff. O Planalto era pequeno para as
duas mulheres. E ainda deixou, ato seguido, o PV ao ver que a legenda não se
dobraria a sua ânsia de poder. Eduardo Campos viu alianças importantes escorrer
pelo ralo, porque a Marina atrapalhou sua candidatura.
Mas tudo isto acontece hoje num contexto
internacional em que os EUA tentam desestabilizar o Brasil e ajuda na criação
de novas teorias conspiratórias: a CIA espionou a correspondência eletrônica e
a conversação telefônica da presidenta Dilma e de vários dos seus ministros, o
que levou a cancelar uma visita de estado a Washington; e o Brasil, hospedando
o presidente Putin e os líderes dos BRICS no encontro de cúpula em Fortaleza,
não agradou sem dúvida ao Departamento de Estado dos EUA. E isso acontece
num momento em que a CIA só precisa achar os pontos frágeis no Brasil
da Dilma e tentar criar aqui as condições de instabilidade que fomentaram em
outros países na América Latina, como a Venezuela, Bolívia, Equador, e a Argentina
com o bloqueio de créditos para o país, em operação desenhada pelo bolhonário
norte-americano Paul Singer.
Mas a Dilma -que desafiou os EUA ao
anunciar, com os BRICS em Fortaleza, a criação de um banco de desenvolvimento
próprio para concorrer com o FMI, controlado por EUA e UE, parecia imbatível na
reeleição, até o dia 13 de agosto, quando Campos e quatro de seus assessores, o
piloto e copiloto, embarcaram no avião que cairia em Santos, matando todos
a bordo.
O acidente fatal levou para a cabeça da chapa do
PSB a candidata a vice-presidente, Marina Silva, que em 2010 recebeu
inesperados 20% dos votos como candidata do Partido Verde. Nesse ano de 2014,
ao não poder concorrer pela legenda de seu partido, a "Rede", Marina decidiu
somar-se à chapa pró-business de Campos. Hoje, Marina já está configurada
como a melhor aposta contra Dilma nas eleições de outubro.
Marina, uma evangélica militante, num país
católico apostólico y romano, mas muito permeado pelas religiões
afro-brasileiras, é conhecida por sua ligação à chamada "sociedade civil
global" e aos grupos de "oposição" financiados por George Soros,
capitalista mega-investidor e operador dos hedge fund globais.
Conhecida por sua ação pela floresta amazônica brasileira, Marina é vinculada aos
grupos ambientalistas patrocinados pelo Instituto Open Society,
de George Soros. A campanha de Marina está cheia de palavras chave desapropriadas
pelas organizações de Soros: "sociedade sustentável", "do
conhecimento" e das "diversidades".
Por isso, enquanto o Santander enviava cartinhas
desaconselhando o voto à Dilma, o Itau dava a cartada certa impulsando
a Marina, e causava perplexidade e dúvidas em relação aos recursos da sua
campanha e aos diversos personagens do “stablishment” que a apoiam. As
contribuições, pouco transparentes, saindo de bolsos conservadores, enquanto os
que a orientam em matéria de economia, como Eduardo Gianetti da Fonseca e
André Lara Rezende, são conhecidos por sua tendência liberal e privatizadora.
"Para
começar, ela não terá a menor aptidão para constituir uma equipe para tocar o
dia a dia do governo, sem o que as melhores promessas e os mais avançados
programas se desmancham no ar. Além disso, procedem as dúvidas sobre como se
haverá no poder uma pessoa que dá motivos para crer que se julga eleita por
Deus - o que esteve perto de afirmar depois da tragédia com o voo no qual também
ela poderia ter viajado. Cabe indagar ainda como, avessa à "velha
política", enfrentará a servidão de chefiar um governo sem maioria
parlamentar. Marina presidente é prenúncio de uma crise depois da outra"
(texto do Estadão)
Enquanto a velha UDN era obsessiva por fardas -os
udenistas derrotados por Dutra em 1945, por Vargas em 1950, e pelo Juscelino em
1955, eram os militares Juarez Távora e Brigadeiro Eduardo Gomes- e pelo
discurso moralista, os udenistas modernos, à paisana, sempre colheram a
insatisfação das classes médias urbanas que odiavam as políticas sociais do
trabalhismo e odeiam hoje as do lulismo. Nos anos 50 e 60 o lema do udenismo era
similar ao discurso dos eleitores tucanos, que hoje chamam a Bolsa Família de
"bolsa-esmola".
Mas a UDN não era boa de voto, e sim para a
agitação golpista; em 24 de agosto de 1954, Carlos Lacerda, o principal
agitador udenista e seus aliados militares acuaram o trabalhismo e terminaram provocando
o suicídio de Getúlio Vargas.
Mas como os udenistas continuavam sempre
perdendo votos, em 1960 buscaram um candidato não partidário, o Jânio
Quadros, um líder conservador histriônico, que vendia a imagem de ser
contra os "conchavos políticos", e que finalmente levou os udenistas
ao poder. "O jeito é Jânio" era o slogan de campanha, mas o seu
governo viveu uma crise que o levou à renuncia antes de passado um ano no
poder.
Em 1989, para evitar a vitória do perigoso
Brizola ou do aterrorizador Lula, favoritos no pleito, já no fim da crise do
governo Sarney, a Globo tomou o lugar da UDN e elegeu o Collor, "caçador
de marajás” e suposto “inimigo de tudo que está aí", que caiu 3 anos
depois.
E novamente agora, em 2014, os setores mais conservadores
já se aglutinam em torno de numa nova aventura. As três derrotas seguidas
do PSDB-DEM levam os seus eleitores a vacilar entre o seguro perdedor Aécio
Neves, enquanto a mídia, os bancos e o grosso da classe média parecem que já aceitam
a Marina que promete ser capaz de derrotar a Dilma e o PT.
Os liberais neo-udenistas do PSDB histórico -FHC,
Serra e Aécio- não conseguiriam derrotar Dilma e o PT no voto.
Mas a Marina Silva não é Jânio nem o Collor, pois
tem uma trajetória de respeito, embora que está claro que já foi enquadrada
pelo conservadorismo dos economistas neoliberais e do entorno da Neca Setúbal
do Banco Itaú que comandam a campanha.
Aliada ao PSDB e ao DEM, a velha mídia ainda
parece resistir em embarcar no marinismo. Mas em mais uma ou duas
semanas, o jogo estará definido. Se o Aécio confirmar a decadência para abaixo
dos 15%, e Marina passar dos 35%, a velha base udenista –sobretudo a
paulista e paulistana- dará mais um salto no vazio de uma aventura desconhecida.
Até poucos dias atrás, o nome de Marina estava
associado a um ponto de interrogação, embora nos bastidores houve, desde o dia
13 de agosto, um jogo nervoso de exigências e concessões. Marina fez e
continuará fazendo o máximo para se mostrar confiável ante um mercado que
rejeita o "estatismo" da Dilma.
A Marina Silva -carente de um partido já que a
"Rede" não foi conseguiu ser registrada na justiça eleitoral- e
aparentemente uma inimiga dos "conchavos"- é uma política
profissional que finge detestar a política. Igual ao Jânio e o Collor fizeram
no passado, aparece como uma ilusionista super-herói. "Até hoje, não foi testada como gestora, há
incoerências entre seu discurso messiânico e o do partido, mais pragmático, e
muitas situações a contornar nos estados”, disse o site noticias.terra.com.
As pesquisas mostram que -embora tente reagir com
os seus aliados nas mídias e desmascarar Marina como uma "petista
disfarçada"- os apoios ao Aécio se esfarelam dia após dia. As
denúncias aparecem, mas a editora Abril e a Globo, centrais do pensamento
conservador das elites, não vão arriscar a opção Marina que é a única que lhes
sobra para tentar derrotar o PT da Dilma.
A Marina tem uma opção única também, com
uma mídia louca para derrotar o petismo, com um PSDB em crise, um
Aécio confuso com um discurso oposicionista que promete manter o Bolsa Família
para um eleitorado tucano que diz que aquilo é ”bolsa esmola”.
A poderosa máquina midiática, aliada até ontem ao
tucanato, provavelmente não vai mais ajudar o PSDB, e o Aécio vai minguar ainda
mais, perdendo até o governo de Minas para o PT.
A liderança messiânica da "nova
política" é, a julgar pelo apoio do Itaú, uma parceria bastante confiável
para os bancos, mas que num eventual governo com certeza será instável, como os
governos Jânio e Collor.
Há mais de uma década que o velho udenismo
que matou o Getúlio Vargas e derrubou Jango em 1964, trata de encurralar o
Lula e o PT; e é por isso que agora vai embarcar em qualquer aventura –como a
de apoiar a Marina- mesmo que isso signifique mergulhar outra vez no
desconhecido.
Os setores mais conservadores, que odeiam o PT,
vão desembarcar da candidatura Aécio e fortalecer à da Marina. Poderia se dizer
que ainda é cedo para considerar essas tendências como definitivas, embora
os votos oposicionistas já mudam de candidatura, fazendo crescer a Marina
e pulverizando o Aécio, numa transferência de votos que dificilmente seriam do
PT.
O pior pesadelo para os tucanos, porém, não
significa que Dilma esteja perdendo votos, pois o que acontece é a
transferência de votos no pólo oposicionista, com o que o PSDB terminará, pela
primeira vez em 12 anos, perdendo o comando desse centro conservador.
Como disse Jean Wyllis, do Psol, "Bastaram quatro tuites do pastor Malafaia para que, em apenas 24 horas, a candidata se esquecesse dos compromissos de ontem, anunciados em um ato público transmitido por televisão, e desmentisse seu próprio programa de governo, impresso em cores e divulgado pelas redes. Marina também retirou do programa o compromisso com a aprovação da lei João Nery, a elaboração de materiais didáticos sobre diversidade sexual, a criminalização da homofobia e da transfobia e outras propostas." E isso significa perder a toque de caixa todos os votos do movimento LGBT.
Enquanto isso, a madrinha financeira da Marina, a Neca Setúbal, coordenadora do programa do PSB, relativiza a inexperiência da candidata e acena com as suas fortes simpatias pelo mercado.
Em entrevistas, Neca confirma que a Marina
manterá os compromissos do Eduardo Campos e irá conceder autonomia por lei ao
Banco Central. Mais economistas "estarão
se aproximando" durante a campanha, promete a Neca Setúbal, da família
dona do Itaú. Para evitar o "preconceito" do mercado contra a
Marina ela vai deixar cada vez mais claro que não é contra o agro-business e
vai assumir -ao menos de palavra- todos os compromissos de E. Campos.
Como bem disse já o senador pernambucano Jarbas
Vasconcelos, "Ela precisa arrebentar
o preconceito, a indiferença e o medo. Ela tem que ser uma candidata leve, tem
que dizer que, se ganhar a eleição no Brasil, não vai ter nenhuma tragédia. Ao
contrário, vai ser um Brasil decente e correto. Vai ser um Brasil em que não apenas
o homem que mora na periferia será ouvido. Vai ser ouvido o homem que mora na
periferia, a classe média e o empresário."
Para os dois polos dos interesses sociais,
econômicos e políticos em que se divide hoje a política nacional brasileira - repetindo
um pouco os das épocas da luta popular contra o udenismo- a situação era muito
clara até esta semana. A Dilma e ao PT interessava que a Marina seguisse
reduzindo os votos nulos e brancos entre os eleitores mais jovens,
canibalizando o patrimônio do Aécio, mas sem ameaçar as chances de Dilma, o que
cada vez parece mais arriscado. O PSDB, por sua vez tratava, até 20 dias
atrás, de usar o PSB e eventualmente a Marina para assegurar o segundo turno,
com o Aécio no páreo, claro.
Nesse quadro complexo se enroscam hoje diversos
elementos que os atores vão tentar administrar com cuidado. A aliança da Marina
e o Eduardo Campos baseava-se numa suposta política de abandonar os “vícios da
politicagem”. O editorial do Estado de S. Paulo da 6ª feira 15
de agosto, apenas dois dias depois do acidente, dizia que Campos não foi capaz
de infundir substância à “terceira via”.
Semanas depois dessas desconfianças iniciais,
Marina carrega as tintas num messianismo pós-moderno, e a VEJA já faz uma
reportagem nada hostil, desenhando uma figura que chega a ser até simpática.
"Não caio
nessa, sob pretexto nenhum, nem mesmo "para tirar o PT de lá". Na
democracia, voto útil é voto inútil. Se Deus me submetesse à provação — espero
que não aconteça — de ter de escolher entre Dilma e Marina, escolheria
gloriosamente nenhuma!" diz o ultra-conservador raivoso da Veja e a
Folha, Reinaldo Azevedo. O que demonstra que a direita está dividida.
Há menos de dois anos, Marina enfrentava o
agro-negócio lutando por um Código Florestal que reduziria a área plantada.
Como alternativa, ela assegurava um “ganho de produtividade” que compensaria as
perdas.
E chegamos a um ponto, hoje, em que as pesquisas do Ibope
demostram que o povo brasileiro sabe que a situação econômica é relativamente
boa, e ainda acha que pode e vai melhorar. Porem, contraditoriamente, pensa que
a economia do próprio país em que vive é a que vai mal. Mas, por que? Como é
que o povo se sente bem economicamente, está otimista com o futuro e, ao mesmo
tempo acha que a "economia do país" vai de mal para pior? É que o
noticiário da mídia é totalmente negativo em relação à mega-economia, a
economia dos grandes negócios, separado por completo da sua realidade, a do
trabalhador e a classe média baixa. É fácil explicar o óbvio, pois o
Brasil é o mesmo país onde o povo brasileiro vive hoje bem melhor do que vivia há
dez ou quinze anos atrás. E esse não é o país das manchetes catastrofistas que
parecem pintar uma outra nação, que nada tem a ver com o Brasil que vivemos
hoje. Por que? porque para os interesses do país do grande business, as coisas
poderiam ir melhor sem o PT, e a Marina e seu PSB de aluguel aparecem hoje como
a melhor opção para isso.
Javier Villanueva, São Paulo, 30 de agosto de 2014.
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