Os garotos na guerra do Paraguai
- Dizem que no Paraguai o dia das crianças se comemora em 16 de Agosto, com desfiles em homenagem aos três mil e quinhentos garotos assassinados na batalha de Acosta Ñu, ocorrida nessa data, em 1869 - diz Gabriel, que há duas noites me acompanha na UTI nos poucos momentos em que os médicos deixam entrar algum acompanhante.
- Parece que os garotos mortos tinham pintado as carinhas imitando barbas e bigodes, e levavam nas cabeças quepes militares e em suas mãos paus que simulavam baionetas e fuzis - responde Luciano, e se acomoda melhor na velha poltrona em que vão passar a segunda noite de plantão.
- Já passou mais de um século desde o final da guerra do Paraguai, um genocídio patrocinado pelo imperialismo britânico e executado pelos governos do Brasil, Argentina e Uruguai, que teve muitas batalhas desiguais, mas que na Acosta Ñu viveu sua síntese mais sangrenta e vergonhosa - diz o historiador e professor V.N. Vasconcelos na aula inaugural do “Taller total” da faculdade de arquitetura de Córdoba, em agosto de 1971, e Xavier Vilanova se distrai, pensando que a história na qual tem que viver esses dias fica cada vez mais exigente de definições e que é preciso tomar um partido antes que seja tarde demais.
- O vento brincava no Cerro Gloria com os cabelos das crianças, sujos de sangue e de barro, corpinhos pobres esparramados pelos campos, destroçados pelas balas das cargas de 20 mil soldados, entre profissionais e mercenários, que lutavam baixo a bandeira da Aliança - acrescenta o historiador, e o gordo Lowe se aproxima pra contar alguma coisa ao negro Palácios, e os dois chegam sem fazer muito barulho pra me dizer que a assembléia vai começar no refeitório universitário dentro de uma hora e que não podemos nos atrasar.
- Os derrotados na batalha de Acosta Ñu nesse 16 de agosto de 1869 eram crianças e adolescentes paraguaios de nove a quinze anos de idade, enquanto, de longe, os soldados brasileiros começavam a cumprir as últimas ordens do Conde D’Eu e punham fogo no pasto pra não deixar rastros do massacre, pra evitar alguma responsabilidade com os mortos, pra apagar definitivamente das páginas da história um genocídio inédito até então na América do Sul - escuto que lê Gabriel, e Luciano se prepara pra sair da UTI, porque outra vez se juntam os médicos para me revisar e tomar os dados que as enfermeiras recolheram durante a noite.
- “Se queremos salvar nossas liberdades e nosso porvir, temos o dever de ajudar a salvar o Paraguai. Obrigando seus mandatários a entrar na senda da civilização”, clamava Domingo Faustino Sarmiento, pouco antes do início da guerra. A entrada na senda da civilização, que era representada nesse momento histórico e nessa região do Rio da Prata e da América do Sul, pela Argentina, Brasil e Uruguai - lê Gabriel, agora no vestíbulo da UTI da clínica do Paseo Sobremonte - significou para o Paraguai o aniquilamento de 95% de sua população masculina maior de quinze anos e 75% do total de seus habitantes durante entre 1865 e 70 - completa a leitura do livro de Vasconcelos enquanto se serve de um café que trouxe a enfermeira, Luciano.
- A guerra reduziu o Paraguai de um milhão e trezentos mil habitantes a 200 mil e o exército de 100 mil homens ficou reduzido a apenas quatrocentos soldados sobreviventes. Também significou a perda de 160 mil quilômetros quadrados de território tomados pelos vencedores, a adaptação em um tratado do que tinha sido o principal motivo da guerra, a livre navegação em seus rios, o pagamento de 1.500 milhões de pesos em indenizações, a privatização a preços de arremate de suas terras, fábricas e comércios, e de um endividamento crônico por um empréstimo oferecido pelo mesmo banco britânico que financiou ao Brasil a guerra, o Baring Brothers, que foi o único ganhador do conflito: o empréstimo de três mil libras esterlinas a um Paraguai arruinado pela guerra se transformou três décadas depois em uma dívida de sete milhões e meio de libras - remarca o professor emérito Víctor Natalicio Vasconcellos, que a FAU convidou para que viesse de Assunção para inaugurar o “Taller total”, enquanto a aula magna se enche de alunos e de militantes políticos que se entusiasmam com o clima radicalizado da apresentação.
E fica claro que a história e a antropologia são bases fortes e duradouras para a criação de uma concepção da arquitetura e do urbanismo, mas, sobretudo para uma definição política, para uma tomada de partido que fica cada vez mais urgente, porque o Cordobazo recente reavivou a discussão e a revolução é um tema da vida cotidiana, um quefazer diário que não se pode evitar, pensa Xavier enquanto sobe ao sidecar do gordo e segue o Indio que vai no Citroën laranja.
-“Quanto tempo, quantos homens, quantas vidas, quantos elementos e recursos precisaremos para terminar esta guerra, para transformar em fumaça e pó a toda a população paraguaia, para matar até o feto no ventre de cada mulher?”, dizia o Duque de Caxias, marechal do exército brasileiro, em carta dirigida ao imperador Dom Pedro II, antes de entregar seu cargo ao Conde D’Eu. Mas para resolver problemas internos do Brasil e também do presidente Bartolomé Mitre, a guerra devia ir até o final, e o final era o massacre total dos paraguaios - comenta Gabriel, fecha o livro e faz um sinal para Luciano para que saiam do hospital, porque não parece que vá haver agora uma definição sobre o estado do velho, e já é quase meio-dia e têm que procurar um lugar conveniente para comer.
- Por isso, em 16 de agosto, o marechal Francisco Solano López ordenou que se organizasse a resistência em Acosta Ñu para cobrir a retirada das tropas que ele mesmo comandava em direção a Cerro Corá, num momento em que as derrotas paraguaias iam sucedendo uma atrás da outra. O general Bernardino Caballero ficou encarregado de providenciar as armas e vestir um batalhão de três mil e quinhentos jovenzinhos e apostá-los, junto com quatrocentos veteranos, no paraje de Ñú Guassú, para enfrentar um exército brasileiro de vinte mil homens, alinhados com mercenários que vinham do Uruguai - comenta Juan, que chegou à assembléia do refeitório universitário e espera seu turno para subir e falar, mas enquanto isso, continua pensando no discurso de Vasconcellos.
– E apesar das cargas repetidas dosa brasileiros pelos quatro lados do campo, e da fraca, a pesar de heróica resistência paraguaia, a batalha de Acosta Ñu demorou toda uma tarde em definir-se a favor da tríplice Aliança. Foi então que as mães começaram a descer do monte e juntar-se à batalha levantando as armas de seus filhos caídos. Com os últimos raios de sol, o Conde D’Eu não pensou duas vezes antes de ordenar o incêndio do pasto, com feridos e prisioneiros incluídos, antes de continuar a marcha - diz Juancito e se exalta até as lágrimas, e chega o Indio para avisar que o seu discurso no refeitório estudantil vai ter que ser curto e efetivo porque já começam a se juntar os operários do Smata no bairro Güemes.
- Com a morte de Solano López em Cerro Corá, a guerra terminava e a batalha de Acosta Ñu passava a formar parte da história esquecida, apagada da memória e dos livros - volta a retomar a leitura Luciano, e Gabriel se apressa para terminar a empanada e voltar ao sanatório, porque ao meio-dia vão dar o primeiro informe sobre o estado de Xavier Vilanova.
– Mas, o vergonhoso papel dos governos argentino, brasileiro e uruguaio em defesa dos interesses comerciais britânicos demoraria muito em se apagar, tras o fogo que queimava os restos do massacre de Cerro Gloria, - me diz Juancito em voz baixa, e me lembro que ele é do litoral, de Entre Ríos e grande conhecedor da história do Paraguai, defensor ardente do povo guarani, enquanto o Índio sobe no side-car do gordo, e Juancito e eu saímos rumo ao bairro Guemes no Citroën laranja.
- Sim, mas o ditador Francisco Solano López causou de algum modo o começo da guerra ao invadir a Argentina, tentando chegar até o Uruguai e intervir no conflito civil deste país; e em definitiva foi o próprio López quem mandou os garotos ao combate e ao massacre do Cerro Glória, considerando-se dono dos destinos do Paraguai, e tomando assim a decisão – me atrevo a contrariar um pouco a opinião do Juan, porque sei que um revolucionário não vai pensar como os revisionistas, e vai reconhecer que do lado paraguaio não havia uma democracia e sim uma ditadura centralista que se opunha a Buenos Aires e ao Brasil por motivos nacionalistas, mas também porque precisavam defender a sua permanência no poder.
- É verdade, e a selvageria das tropas da Tríplice Aliança chegava a tal ponto que, ao tomar prisioneiros durante a guerra, os vendiam; no caso dos brasileiros, os combatentes presos eram negociados no mercado de escravos, uma aberração que poucas vezes foi vista em qualquer conflito bélico - continua Juan enquanto tento me esquivar de uma barricada e cem metros adiante, de um controle da polícia de Córdoba que já começou a cortar as ruas de Güemes e tenta evitar que as manifestações operárias se juntem aos estudantes no Clínicas. – Mais de uma década depois de terminada a guerra foi abolida a escravidão no Brasil, resultando também este feito na queda da monarquia - se entusiasma Juancito, desce do Citro¨¨en e chama o Indio e o Lowe que vem devagar, conversando com o Chacho e a Negrita.
- O general Bartolomé Mitre, primeiro comandante das forças aliadas, se queixou que, em setembro de 1865, depois da rendição das tropas paraguaias do general Estigarribia, que ocupavam Uruguaiana, a cavalaria brasileira tinha arrebatado aos argentinos cerca de mil prisioneiros para vendê-los depois como escravos aos fazendeiros gaúchos do Rio Grande do Sul - lê outra vez Gabriel, enquanto Luciano se aproxima à enfermeira de guarda que diz que Xavier está estável, que continua grave e vai permanecer na UTI pelo menos durante toda a semana, e que a pesar de não ter melhorado, pelo menos não piorou.
- Durante o conflito armado, a venda de prisioneiros para servir como servos escravizados se transformou em um próspero comércio, incluindo eventualmente também a civis de ambos os sexos- continua me contando Juancito, agora que já pudemos passar os dois controles da polícia federal que armaram ao redor do bairro Clínicas, e conseguimos entrar na pensão de doña Manuela, onde os doutores Fuenzalida e Aníbal Fuentes já juntaram mais de uma dúzia de estudantes de medicina que estão terminado as molotov e se preparam para tomar o hospital.
- O suíço Ulrich, por exemplo, foi forçado a lutar no exército argentino, e deu um testemunho, no final do longo sitio aliado à fortaleza de Humaitá, do encontro dramático entre compatriotas que combatiam em lados opostos. Uma mulher, vestindo o uniforme de sargento da artilharia, se separou do grupo de paraguaios que tinham se rendido, lançando-se entre os inimigos para se abraçar chorando a um deles. Era seu marido, também paraguaio, que virara um “prisioneiro soldado” das tropas da Tríplice Aliança - diz Luciano, e passa o livro de Vasconcellos a Gabriel.
- Dizem que a incorporação forçada não se limitava aos prisioneiros de guerra, mas que alcançava também aos cidadãos dos próprios países da Tríplice Aliança. No Brasil, a prática era adotada para a formação de batalhões militares quando o recrutamento dos “Voluntários da Pátria” acabava sendo insuficiente - comenta Cacho Fuenzalida a Juan, e lhe passa um mate amargo enquanto esperam que o batalhão de choque e o carro de assalto da polícia que estacionou na frente da pensão vá embora, para poder sair.
– A caça dos “Voluntários” por parte dos exércitos foi inclusive satirizada pelos caricaturistas das revistas políticas da época - completa o Indio e avisa ao gordo Lowe e ao Chacho Rubio que o pessoal do MRA e do LAP já chegou ao lugar dos controles de segurânça, e vão sair agora mesmo para atravessar a Avenida Colón.
- Na Argentina, onde a guerra era absolutamente impopular, o recrutamento forçado dos jovens chegava a ponto de mantê-los acorrentados uns aos outros para levá-los até os acampamentos militares. No Uruguai, o recrutamento dos novos contingentes chegava a despovoar vilas e povoados inteiros. Segundo os diplomatas estrangeiros, a população masculina fugia pros campos do interior, refugiando-se nas selvas e montanhas para não ser incorporados ao exército- diz Gabriel, fecha o livro outra vez e se lembra dos longos três ou quatro meses que perderam, ele e o velho, indo e vindo aos quartéis para poder salvar-se do serviço militar em São Paulo.
- Como conseqüência de tudo isso, as deserções e os motins entre as tropas da Tríplice Aliança eram mais que freqüentes. Só na argentina aconteceram quase uma centena de rebeliões internas durante o período da guerra do Paraguai, não só por causa das rivalidades entre as províncias, mas também pela resistência ao recrutamento obrigatório - dá uma risada curta Juan, guarda as molotovs em uma mochilinha de ginástica, faz a melhor cara de ex-seminarista que consegue e atravessa a rua em direção ao Hospital das Clínicas.
- O governo argentino também promovia e patrocinava a formação de uma “Legião Paraguaia”, formada por centenas de exilados inimigos de López, e também uma “Legião Militar”, formada por mercenários estrangeiros, contratados e pagos na Europa. Também alguns imigrantes, que viajavam a Buenos Aires com as promessa de receber terras como colonos, já a bordo do barco que os trazia, descobriam que iam ser obrigados a partir para guerra e lutar a favor da Aliança - diz Luciano, que pede o livro a Gabriel, dá uma folheada e o apóia sobre os joelhos, fecha os olhos e só então se dá conta do profundo cansaço que lhe deram esses quatro ou cinco dias cuidando do pai.
- A utilização de estrangeiros no exército paraguaio também acontecia, mesmo que com menos frequência. Em geral eram militares profissionais em seus países de origem que tinham sido contratados por Solano López como conselheiros e instrutores das forças paraguaias antes do conflito - diz o Chacho Rubio, e dá um longo suspiro de tédio quando se dá conta que têm que passar a noite inteira nos fundos do hospital das Clínicas que dá pro rio, e que seria muito perigoso arriscar-se a sair no meio dos cachorros que latem na escuridão.
- Alguns, como foi o caso do coronel britânico George Thompson, se transformaram em importantes chefes militares durante a guerra, com participação ativa e direta nos combates. Outros foram naturalizados, junto com dezenas de técnicos civis europeus, quando a luta armada entre a Tríplice Aliança e o Paraguai chegou ao território guarani - lê Gabriel outra vez, para, põe um marcador de páginas e fecha o livro porque se prepara para sair e comprar uns sanduíches de milanesa e uns sucos de pomelo para passar uma nova noite cuidando do pai.
– Em três ocasiões os barcos da Marinha Real Britânica obtiveram autorização para poder sortear o bloqueio da esquadra brasileira para retirar mais de duzentos cidadãos ingleses, escoceses e outros europeus com suas famílias - diz.
- Dizem até que muitos crimes de guerra permaneceram ocultos ou ignorados, inclusive por falta de testemunhas sobreviventes para denunciá-los. Alguns outros foram denunciados mas se mantiveram impunes e voltaram a ser cometidos uma e outra Montevidéu relatando que as tropas uruguaias do general Venancio Flores tinham degolado ao começar a guerra, 1400 prisioneiros paraguaios, abandonando os corpos sem sepultura no mesmo campo onde antes ocorrera a batalha, e todas as vítimas tinham suas mãos amarradas nas costas - diz Juan, olhando impaciente por uma das janelinhas da humilde casinha onde se refugiaram até que parem de latir os pastores da polícia federal e possam atrever-se a atravessar o rio.
- Idênticas atrocidades seriam cometidas depois pelos brasileiros, em agosto de 1869, no final da guerra. Na luta para tomar Peribebuy, que tinha sido transformada em quartel-general de Solano López depois da queda de Assunção, todos os paraguaios capturados foram degolados, inclusive o comandante geral Pedro Pablo Caballero - lê Gabriel e tapa a garganta com o cobertor que lhe deixou Cristina, porque o frio de Córdoba no outono é quase insuportável durante a noite.
- O massacre foi ordenado pelo conde D’Eu, Gaston d’Orleans em represália à resistência dos paraguaios que resultou na morte de um elevado número de brasileiros, entre eles o general Mena Barreto. Não satisfeito, o genro do imperador Dom Pedro II mandou incendiar, em seguida, o hospital da localidade, cujas janelas e saídas tinham sido previamente bloqueadas, mantendo em seu interior os feridos e doentes, entre eles muitos velhos e crianças - diz o Chacho Rubio, e passa o mate a Juan, que já está quase dormindo.
- Para não deixar sobreviventes, o conde d’Eu ordenou que os soldados que cercavam o prédio incendiado empurrassem de volta em direção às chamas, a golpes de lanças e baionetas, aos que tentavam escapar - lê com um fio de voz Gabriel, quase dormindo, deixando cair o livro sobre a mesinha e acordando com o movimento brusco que ele mesmo tinha feito.
- Quatro dias depois do massacre de Peribebuy na batalha de Acosta Ñu, 20 mil soldados aliados lutaram contra 500 veteranos paraguaios, comandados pelo general Bernardino Caballero, e 3.500 garotos. Sem distinguir entre adultos e crianças, a matança incluiu também as mulheres que lutavam ao lado de seus filhos e companheiros, não perdoando sequer aquelas que, desarmadas, tentavam socorrer seus os feridos ou resgatar os corpos. Quando depois de muitas horas de batalha, os combates terminaram, Gaston d’Orleans mandou que os campos fossem incendiados, matando as mulheres e feridos - diz Juan, e passa o mate amargo ao Carlitos Fessia, que acaba de chegar ao ranchinho e conta que a polícia já levantou o cerco, mas que as tropas de López Aufranc já está chegando pela rota 9, e que os operários de Ferreyra estão montando barricadas para detê-los.
- Consta que os aliados promoveram a contaminação dos rios da região do conflito, jogando na água os cadáveres de vítimas de cólera. Em um correio privado o imperador Dom Pedro II, de 18 de novembro de 1867, atribuído ao marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o ainda marquês de Caxias, a prática dessa espécie de guerra bacteriológica primitiva foi admitida como uma estratégia “para levar o contágio às populações dos rios”- lê Luciano e se acocora contra o sofá, esfrega os olhos com sono, boceja longamente e se levanta para olhar pela janela do hall as árvores do Paseo Sobremonte.
– O general Bartolomé Mitre não só aprovou a medida como o exército argentino, sob o seu comando, praticou uma variação igualmente mórbida: enviar às linhas de frente alguns soldados portadores de varíola, assim, sem ter condições de lutar e se defender, os militares doentes, ao serem capturados, disseminavam a peste entre os inimigos - diz Gabriel e passa o livro a Luciano, que para de leêr e vai até a UTI para ver se lhe dão alguma novidade de seu velho, Xavier.
Leia mais em "Crónicas de Utopías y de Amores, de Demonios y Héroes de la Patria" (JV. 2006)
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