sexta-feira, 19 de agosto de 2011

* Limites ao Tabaco. Mas que droga "legal"! *

Quantos preciosos minutos perdemos enviando baboseiras do tipo: "se repassar essa mensagem em não sei quantos minutos, não sei que diabos acontecerá?".

Pois bem, peço que vocês percam poucos minutos clicando no site abaixo para assinar um abaixo-assinado sobre os limites da indústria do tabaco no Brasil. Uma indústria à qual é permitida fazer propagandas em quase todos os meios de comunicação (menos mal que já saiu da TV há alguns anos). À qual é permitido patrocinar os caixas de todas as padarias e bares no nosso país para que todos os nossos filhos se confundam e vejam as balas, chicletes e chocolates na altura deles e já almejem que quando cresceram um pouquinho mais poderão pegar as "guloseimas" que estão acima, que são os cigarros. À qual é permitida a adição de sabores para que os adolescentes não sintam o gosto amargo do fumo e se enganem achando que estão fazendo charme com o gostinho de menta ou chocolate, entrando num vício quase sempre, sem volta. Enfim, à qual tudo é permitido.

Cigarro é droga. Cigarro mata. Cigarro deveria ser vendido sem embalagem bonita, igualzinho a como é vendido veneno que não está exposto como guloseima, que não custa barato, que não tem adição de sabores, que é vendido como o que é: veneno.






O terror do Bullying

Nada contra a torcida individual ou de pequenos grupos para alentar ao time do coração; isso é algo antigo e saudável; grupos juvenis, fãs de músicas modernas dos diversos estilos, também é algo corriqueiro, ao menos desde os anos cinquenta. Mas o que vem crescendo nas últimas décadas em todo o mundo, como um subproduto da violência imposta pelo colonialismo, o capitalismo selvagem e pela brutalidade das polícias de quase todas as nações contra os mais pobres e jovens- é a revolta individual e de grupos que, mesmo reagindo contra as injustiças e desigualdades sociais- são os fenômenos anti-sociais como a formação de gangues e outros, mais privados e ocultos, como a violência doméstica, e como o chamado agora "bullying", que não é outra coisa senão a simples agressão física por parte de alguns alunos contra os próprios companheiros de escola, e até contra professores.

As guerras de gangues, fronteiriças entre a delinquência juvenil e a lumpenagem, ou de torcidas organizadas, também estão  na base social do tráfico de drogas, composta até de jovens estudantes e ainda no interior das escolas.

Muitas das cidades mais ricas, do interior de todo o país, e outras, que são periféricas das grandes capitais, viraram espaços de intolerância, onde acontecem conflitos absurdos, às vezes relacionados às drogas, ou a uma pressão de grupo para forçar uma liberdade sexual, da qual muitas meninas e meninos não querem participar. Ou até exigências ridículas, como vimos há poucos días, de crianças querendo obrigar a colegas a serví-las, fazendo as tarefas escolares do mais forte e agressivo, numa espécie de servidão ou escravidão doméstica e oculta. São crianças e jovens que passam a sofrer diversos tipos de agressões, pressões e perseguições, numa inversão absurda de todos os valores humanos e cidadãos.

Humanismo, ética e solidariedade são conceitos e até palavras desconhecidas ou perdidas para muitas comunidades de jovens estudantes que as trocam por desrespeito ao direito do seu colega, e por caráter transitivo, a toda a sociedade. Este quadro já é de imensa preocupação para educadores, pais e autoridades escolares, e está passando a ser também uma ameaça para toda a sociedade em seu conjunto, já que, mais tarde ou cedo, os resultados sempre beiram as situações em que se possibilita o crime, ou se geram malefícios irreparáveis, tanto para as vítimas, como também para os agressores. Leis como a Maria da Penha cuidam da mulher, jovem ou adulta, para defendê-la das mazelas do machismo. Mas a violência machista quase sempre gera mais violência doméstica, e são também as geradoras do "bullying" do qual falamos.

As maldades de alguns jovens contra os colegas que possuam algum "defeito" aparente, seja de comportamento, ou físico, ou outros relacionados à crenças, etnia, orientação sexual, ou contra os que carregam qualquer traço ou jeito fora do comum, que seria o considerado "normal" são temas urgêntes para toda a sociedade; e estão à mesma altura de outros, tão graves quanto os acidentes de trânsito, mortes e sequelas provocados pelo alcool e as drogas.

Conversar abertamente nas escolas e faculdades sobre os preconceitos e discriminações que geram estas agressões; abrir a discussão sobre as drogas ilegais ou legais -alcool e cigarro- e sobre a dependência criada pelas torcidas organizadas e as gangues, é uma obrigação da hora. Drogas, gangues e bullying não são problemas da polícia. São temas e desafios dos educadores, pais e administradores de instituições sociais e de formação dos jovens.




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